Quando as boas decisões ficam reféns de outros parâmetros
Analisando alguns lances do Bayern de Munique versus Borussia Dortmund do passado recente:
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Mkhitaryan apesar de ter tido a oportunidade de passar para o seu colega que se aproximava do seu lado direito e que ficaria em melhores condições para marcar, ainda assim tomou uma boa decisão com bola (mental e física), aproveitando o desequilíbrio defensivo do Bayern de Munique e ficando numa ótima posição para faturar. Como faltou uma melhor técnica de remate, a boa decisão anteriormente tomada deu uma mão cheia de nada.
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Lance à Diego Costa. Muller decidiu bem sem bola, surgindo oportunamente no espaço. Faltou melhor técnica de remate e por isso o lance perdeu-se. Executar nestas condições é muito difícil. Não me espantaria que uma melhor decisão com bola teria sido aquela que o Diego Costa fez no vídeo colocado num post anterior. Receber primeiro, porque permite enquadrar com a baliza e só depois fuzilar.
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Robben, primeiro decidiu bem (em termos mentais) mas depois decidiu mal (em termos físicos). Quando decidiu colocar o pé daquela forma, decidiu mal. Não era assim que devia ter executado o que tão bem tinha planeado previamente (décimos de segundo antes).
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Robben através de um passe magistral isolou Muller. Recordando a fórmula para graduar a decisão com bola de Robben: Probabilidade de execução bem-sucedida (de 0 a 10) X Taxa de contribuição para o sucesso (de 0 a 10) eu daria: 8,5 X 9 = 76,5 (em 100).
A taxa de contribuição para o (eventual) sucesso é alta, mesmo não havendo sucesso nenhum.