Recordando o blog O Artista do Dia, que salienta alguns dados estatísticos do jogo de ontem do Sporting versus Schalke 04, salta à vista o desempenho do Sarr. Ontem tinha escrito, sem acesso a quaisquer dados, que o jovem francés não tem pé cego. Os números hoje vêm manifestar que nas 33 tentativas de passe, não falhou nenhum. Vale o que vale, mas a estatística é útil para nos manter conectados à realidade, para consolidar ou ajudar a deitar por terra algumas ideias prévias que adquirimos ao obervar um jogo de futebol.
Relativamente ao alto índice do João Mário ao nível do passe (33 passes certos em 35 tentativas), não é nada de novo. Não só tudo faz sentido naquela cabeça, como têm índices técnicos que não o deixam ficar mal na fotografia. Os passes de trinta metros, de um lado ao outro do campo, com que nos tem brindado não são muito comuns no futebol português, mas são extremamente úteis porque evidenciam o chamado efeito harmónio da defesa contrária (o ajustamento que as equipas fazem em termos da ocupação da largura do campo de acordo com o local onde está a bola); como o esférico é mais rápido que a readaptação do posicionamento dos jogadores à nova realidade (o mais recente local onde aquele se encontra), permite, a quem recebe o passe, decidir e executar num ambiente menos stressante, o que fomenta mais probabilidade de êxito na decisão e na respetiva execução.